Na Arábia Saudita, mulheres são presas por dirigir

Sim, precisamos aprender a respeitar diferenças e conviver com outras culturas. Mas quando você lê que o simples ato de dirigir um carro é negado às mulheres, sorry, não tem relativismo cultural que resolva: trata-se de puro e simples machismo que deve ser publica e amplamente condenado.  O lado bom da história é que isso  já está acontecendo - e lá dentro da própria Arábia Saudita.  Mas como ocorreu nas eleições do Irã, o apoio internacional é indispensável para que o governo flexibilize sua posição. E, mais uma vez, as mídias sociais dão uma mão: há vários lugares na internet onde você pode demonstrar seu apoio.


Segundo informações disponíveis na internet, não há uma lei de Estado que proíba as mulheres de dirigir na Arábia Saudita, mas sim um hábito cultural.  Não posso afirmar categoricamente que tem origem religiosa porque não localizei nenhum texto falando citando uma ou outra fatwa especificamente, mas pode até ser o caso: como os países árabes são muito fechados ao ocidente, pela censura e pela própria barreira linguística, fica difícil obter informações precisas.  Mas o fato é que várias mulheres foram presas no último mês por dirigirem.  A rigidez na punição às "infratoras" aumentou depois que Manal al-Sharif postou no YouTube um vídeo no qual critica a proibição, enquanto dirige seu carro.  Foi o gatilho necessário para deflagrar um movimento de protesto na internet que está angariando também o apoio dos homens.  Afinal, esta proibição faz com que famílias mais ricas tenham que manter um motoristas e, nas mais pobres, um parente à disposição para conduzir as mulheres.  Liberta da prisão, Al-Sharif agora enfrenta processos por "perturbar a ordem pública" e por "prejudicar a imagem do país".  Não por acaso, ela tem sido comparada à Rose Parks, a negra que se recusou a dar seu assento no ônibus a um branco, dando início a protestos contra a discriminação dos negros nos EUA na década de 60.

Mas como ocorreu nas eleições do Irã, o apoio internacional é muito importante: por isso, se considerar a causa justa, assine o abaixo assinado, curta a comunidade no Facebook, confira o blogassista o vídeo no YouTube.  Porque sua assinatura tem poder.

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