Bolívia propõe criação de IOF Climático nas negociações de Bonn

IOF – o famoso Imposto sobre Operações Financeiras que nós brasileiros já conhecemos pode ser estendido para o resto do mundo, se depender da Bolívia. Mediante a cobrança de 0,01% sobre transações internacionais seriam gerados os fundos necessários para subsidiar os fundos climáticos necessários para financiar as ações necessárias para minimizarmos as chances de que a temperatura média do planeta suba acima de níveis aceitáveis – e, infelizmente, para ajudarmos àqueles que já estão sofrendo com as alterações do clima. Essa foi a proposta apresentada em Bonn, onde estão acontecendo negociações preparatórias para a CoP17, que será realizada na África do Sul no final deste ano. E que terá na questão financeira um dos principais desafios a serem superados.


Pedro Solon acredita que este verdadeiro IOF Climático poderia ajudar a levantar os US$ 100 bilhões que os países desenvolvidos prometeram destinar a questões climáticas na CoP15, em 2009. Segundo Solon, tal imposto é necessário em vista do fato de que sequer os recursos de curto prazo, totalizando US$ 30 bilhões, chegaram a ser apresentados.
A ideia de taxar operações financeiras foi desenvolvida em 1971 pelo economista James Tobin e, por isso, o imposto é chamado lá fora de Imposto Tobin (Tobin tax). A proposta de Solon também faz uso de sugestões apresentadas em novembro passado em um painel da ONU por um grupo que incluía pesos pesados da economia, como George Soros, e que declarou então que uma taxa sobre operações financeiras internacionais poderia gerar US$ 27 bilhões por ano.

Apesar de propor esta forma de direcionar recursos privados para um fundo público, a Bolívia voltou a criticar o uso de mercado de carbono para proteger as florestas.

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