Nos últimos dez anos, a média anual de pessoas afetadas por desastres naturais atingiu 211 milhões – número cinco vezes maior do que o de pessoas afetadas por conflitos nesse mesmo período. As contas são das agências de assistência da ONU, que fizeram nesta segunda um apelo para que os acordos que serão firmados no final do ano, durante a Conferência Internacional do Clima de Copenhagen, contemplem o impacto humano provocado pelo aquecimento global.
Eventos climáticos extremos, como enchentes, tempestades, secas, desertificação e a elevação do nível dos oceanos, estão afetando mais pessoas a cada ano – e geralmente os mais pobres e vulneráveis, que já lutam contra a fome, a insegurança e condições precárias de saúde, como outro estudo da ONU já comprovou. Sua intensificação alterará também os padrões de imigração, levando mais pessoas a buscar novos lugares para construir a vida. Para exemplificar, o Comitê Inter-Agências (IASC) da ONU lembrou que mais de 20 milhões de pessoas tiveram que deixar seus lares por conta de eventos relacionados com clima apenas no ano de 2008, segundo um novo estudo conduzido pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU e pelo Conselho Norueguês de Refugiados.
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