Relatório da Pike Research diz que o descarte de lixo eletrônico no mundo atingirá seu ápice em 2015, quando o descarte atingirá a incrível marca de 73 milhões de toneladas de computadores e celulares e iphones e ebooks etc. A partir de então, segundo o estudo, essa quantidade declinará graças à regulamentação governamental e à adaptação da indústria.
Será?
Bom, estamos falando em um horizonte de seis anos. E vários fabricantes, como Cisco, Dell, HP, Motorola, Nokia, Research In Motion, Sprint Nextel e Vodafone já acordaram para o problema e estão investindo em logística reversa (que é o nome técnico que se dá à prática de recolher os produtos que os consumidores descartam, como acontece aqui no Brasil com as baterias de celulares). Só que, como o próprio estudo admite, essa cadeia ainda é cheia de vulnerabilidades: quem não recebeu por email aquelas imagens de crianças separando lixo eletrônico na China?
Segundo o estudo, o principal desafio é o comportamento do consumidor porque “é muito fácil e relativamente barato simplesmente jogar no lixo” - nas palavras de Clint Wheelock, diretor da Pike Research. Tá. É mesmo. Agora, como consumidor, que alternativas você tem? Já escrevemos sobre isso neste blog: as opções de descarte correto são poucas, mal divulgadas, trabalhosas e geram custos. Nesse contexto, qual a margem de manobra dos consumidores? - lembrando que , no Brasil, a classe C é prevalente, portanto a questão do custo é fundamental.
O estudo admite que a consciência do consumidor está mudando e coloca esse como um dos itens que permitirá a redução do nível de lixo eletrônico a partir de 2016. Mas só consciência não basta: é preciso ter os meios para se fazer algo. E é aqui que entram empresas e governo.
À empresa cabe conversar com a cadeia recicladora e criar um ciclo de vida de produto mais sustentável.
Ao governo, cabe regular. E aqui, prezado(a) leitor(a), há um desafio enorme. Pois não são todos os países que têm legislação sobre lixo eletrônico. Pegue o caso aqui do Brasil: a lei só regula o descarte de pilhas e baterias. Mas um computador, uma televisão e – por que não lembrar? — uma geladeira, um microondas, um radinho de pilha também tem inúmeros componentes perigosos. Por conta disso, muitas multinacionais agem de uma maneira no país onde há lei e de outra, no país onde não há.
Como tampouco existe um padrão global, é grande o risco de termos legislações diferentes de país a país, dificultando a cooperação e o estabelecimento de uma cadeia global de recolhimento, reciclagem e reintrodução dos materiais no ciclo produtivo.
No Brasil e em outras nações em desenvolvimento temos a opção de doá-los. A primeira vista, é uma solução que incorpora um benefício social. Mas o que acontece quando quem recebe a doação precisa jogar fora o produto doado? Pois é: o que aparentemente é socialmente justo é, na verdade, uma simples transferência do problema para a população mais pobre. Em outras palavras, a doação não substitui a montagem de um processo de descarte correto.
Sinceramente, não sei se conseguiremos reverter o crescimento do lixo eletrônico.
Mas eu gostaria muito que fosse possível.
Uma alternativa para os problemas ambientais dos resíduos eléctricos e electrónicos, equipamento de reciclagem de RAEES é a construção.
ResponderExcluirEm http://www.redsolenergy.com nós concepção e construção de instalações de reciclagem, eliminando o principal problema dos resíduos de resíduos eléctricos e electrónicos RAEES de equipamentos. Nossas instalações e projetos para evitar que o ambiente emitem grandes quantidades de CO2, evitar problemas de resíduos, para eliminar focos da doença e criar empregos sustentáveis.
Nós trabalhamos na construção de fábricas na Europa e América.