Eu não sou economista, mas um amigo meu que é me explicou que substituir os combustíveis fósseis é, antes de mais nada, uma questão de preço: ainda não existe fonte tão barata, salvo hidrelétrica e nuclear. É preciso que o petróleo encareça muito para que energias alternativas, como eólica e solar, se tornem realmente competitivas.
Isso significa que qualquer mudança partirá de uma decisão política: incentivar um setor em detrimento de outro. Isso pode ser feito, por exemplo, mediante taxação das emissões de carbono, um dos resultados possíveis da Conferência do Clima de Copenhagen. Podemos inclusive imaginar um mecanismo de imposto sobre o petróleo para subsidiar fontes limpas de energia. Em qualquer das alternativas, o saldo será o mesmo: energia mais cara.
Ou seja, estamos na encruzilhada entre a inflação e a poluição.
A poluição leva ao aquecimento global.
A inflação eleva os preços das mercadorias, excluindo do mercado consumidor a parcela mais carente da população.
Em suma, não dá para tratar o aquecimento climático sem uma estratégia de inclusão social que permita à sociedade absorver a crescente contabilização das externalidades.
É como no cubo mágico: quando você mexe em um lado, altera o outro. A solução só vem quando um determinado movimento atende várias facetas.
Pergunta: a ONU incluiu esse tema na agenda da Conferência do Clima em Copenhagen?
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