Ecomarketing

Para que o pessoal de marketing possa aproveitar a onda da ecoabundância, a TrendWatching, relacionou 12 tendências (http://trendwatching.com/briefing/). Afinal, é para o povo de marketing que eles vendem esses estudos, né? Mas aqui só vou resumir as mais legais!

Ecostatus – de todas as tendências apresentadas no estudo, é por esta que torço mais! Trata-se simplesmente de construir o status da marca em cima de sua sustentabilidade. Até aí, nada de novo, né? BodyShop e Natura são cases clássicos de ecostatus! Mas tirando essas marcas, você se lembra de alguma outra? Pois é... Associar sustentabilidade / apelo ecológico a status ainda é raro, quando o assunto é produtos (no caso de pessoas, isso já está mudando – veja o post http://ascendidamente.blogspot.com/2009/02/generosidade-como-icone-de-status.html ). Vou ficar muito feliz se no futuro meus amigos dependentes de grifes se gabarem de produtos ecológicos – e não de “séries especiais” com preços nas alturas que se baseiam em uma noção de exclusividade excludente: pelo preço alto eu excluo este produto da massa de consumidores!!

Ecohistórias – quando a história por trás de seu produto é que lhe assegura o status (“esta camiseta é feita com PET reciclado coletado pela ONG tal e tal etc. etc.”, “esta calça é de algodão orgânico produzido pela comunidade XYZ etc. etc.”). Todas estas tendências são ilustradas, na pesquisa original, por exemplos, que eu não reproduzi aqui por uma questão de espaço (e porque o material original está a um clique de você). Mas, no caso da ecohistória, vou abrir uma exceção e contar a sacada da marca de roupas Icebreaker, que criou um “baacode” - em português, algo como código do béééé. Sim, bééée de ovelha! Graças a esse código, o consumidor entra no site da empresa (http://www.icebreaker.com/) e rastreia em qual das 120 estações de criação nos Alpes sulinos da Nova Zelândia está a ovelha que produziu a lã de sua peça – e em quê condições o animal se encontra atualmente! Além, é claro, de conhecer os donos da fazenda, entender melhor o processo produtivo etc. etc. Que bela ecohistória!

Ecofrugal – produtos ecológicos são bons, porém caros? A nova tendência é “bons e baratos” – sendo que o “barato” é justamente o benefício ambiental do produto (gasta menos gasolina, gasta menos energia elétrica, gasta menos água...). Os autores do estudo apostam que esta tendência vinga no curto prazo porque o benefício é justamente econômico: e economizar é o que mais se deseja em tempos de crise!

Ecoeducação – o TrendWatching fala das escolas que estão ficando verdes na forma (no lanche oferecido às crianças, nos materiais de construção, no uso de produtos recicláveis etc.). Por aqui, o pessoal já está pensando na ecoeducação do ponto de vista do conteúdo (ver post http://ascendidamente.blogspot.com/2009/02/ecopedagogia.html)

Ecodicas – a versão online dos ecocierges: sites com dicas sobre como ter uma vida mais sustentável. Dentro dessa tendência, está o Green Groove, dica de fevereiro deste blog (http://ascendidamente.blogspot.com/2009/02/voce-conhece-o-wwwgreengrooveorg.html)

Ecoduráveis – oferta de bens que maior durabilidade. Será o fim da obsolescência programada? (sim, as indústrias de eletrônicos programam até quando sua geladeira ou televisão funcionarão, para ampliar o mercado) E a moda? Será que o vintage ascenderá em status??

Ecoícone – tendência de expor de forma beeem visível o apelo ecológico do produto – como na imagem do navio movido a energia solar, que ilustra este post.

Um comentário:

  1. Achei todos os conceitos interessantíssimos, mas concordo com você sobre a importância do Ecostatus. Assim que as pessoas começarem a pensar de forma menos egoísta, vai ser um passo para pensarem de forma mais ecológica e aplicar todas as outras idéias vai ser bem mais fácil!
    Bjos

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