Mudanças climáticas. Ou, se preferir, pode chamar de CUSTO.

Depois do caos provocado hoje pelas chuvas aqui em São Paulo, não dá para falar de outra coisa a não ser a tal da mudança climática. Como os alagamentos e o congestionamento recorde evidenciaram, ela deixou de ser mais um prognóstico incerto dos cientistas para se impor como realidade cotidiana. Pois é da mudança climática que decorrem a alternância entre picos de temperatura, as alterações na velocidade dos ventos e no volume das chuvas.

E quando o assunto é mudança climática, a conversa pode enveredar por inúmeros caminhos. Podemos falar em como o aquecimento global vai reduzir a biodiversidade. Ou na elevação do nível dos mares. Ou em como a Floresta Amazônica será afetada. Mas podemos também falar em contabilidade. Ou melhor: na necessidade de se incluir as mudanças climáticas no orçamento corporativo. Apenas para ficar na chuva de hoje: ela inundou o pátio de carros novos da Ford, aqui em São Paulo, causando danos que exigirão um desembolso da empresa para serem sanados. (http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL1046870-9658,00-CHUVA+ALAGA+PATIO+DE+CARROS+NOVOS+DE+FABRICA+DA+FORD.html).

Seja na forma de recursos para cobrir acidentes ambientais (nos mesmos moldes dos recursos provisionados para os créditos duvidosos), seja na forma de apólices de seguros mais caras e mais abrangentes, a questão é que as alterações no clima se impõem às empresas como uma realidade financeira que também atende pelo nome de CUSTO.

Se não pelo bom mocismo, será pela necessidade de se manter competitivo em um mundo globalizado que as empresas terão que levar a Sustentabilidade para dentro da gestão e da estratégia de negócios.

Foto: G1

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