Hoje foi o último dia do curso sobre Relatórios GRI (Global Reporting Initiative) realizado pela ABERJE - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Entre os materiais recebidos pelos participantes, estava a tradução de um artigo de Ernst Ligteringen, Presidente da (GRI), no qual ele lembra a distinção entre lideranças técnicas e mudanças adaptativas feita por Ronald Heifetz no livro "Liderança sem Respostas Fáceis".
Segundo ele, mudança técnica "é a aplicação dos conhecimentos, habilidades e ferramentas atuais para resolver uma dada situação. È o campo natural dos especialistas. Os técnicos são especialistas, e nossa experiência coletiva nos dá a segurança para confiar que eles encontrarão a melhor solução".
A mudança adaptativa, por sua vez, "é necessária quando um problema não pode ser resolvido com as habilidades e conhecimentos existentes, e quando a solução exige que as pessoas modifiquem seus valores, expectativas, atitudes ou comportamentos habituais."
"Ainda que ambas as mudanças possam trazer inovações, a diferença entre elas se assemelha à diferença entre os avanços tecnológicos que permitiram ao homem alcançar a lua e os avanços sociopolíticos que fundamentaram os grandes movimentos do século passado – direitos trabalhistas, anticolonialismo, direitos civis e direitos femininos. Não há arcabouço histórico que permita compreender a natureza exata do problema e suas conseqüências ou identificar quem poderia desenvolver a melhor solução. Em vez disso, as soluções requerem o envolvimento das pessoas, e não há como confiar nos especialistas antes de termos nos envolvido intensamente para descobrir, por nós mesmos, a natureza do problema e suas conseqüências.
Um problema globalmente compartilhado, como é o caso da sustentabilidade do planeta, exige mudanças adaptativas em atitudes, valores, conhecimento, habilidades e ferramentas, em todas as sociedades e economias. "
[1] N. T. ‘Leadership without Easy Answers’ no original em inglês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário