Aberje realiza curso sobre Relatórios GRI

A ABERJE-Associação Brasileira de Comunicação Empresarial está realizando em São Paulo seminário sobre a metodologia GRI (Global Reporting Initiative) para relatórios de sustentabilidade. O evento, que continua nesta sexta, conta com a presença de profissionais de empresas e agências de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco.

Sempre é bom ter a oportunidade de receber um treinamento presencial e trocar idéias com outros profissionais envolvidos com o tema. Mas é igualmente bacana saber que a GRI criou um um micro-website em português com informações sobre a entidade, suas atividades, histórico - e vários manuais disponíveis para download gratuito. O endereço é http://www.globalreporting.org/Home/LanguageBar/PortugueseLanguagePage.htmm

O curso da ABERJE acontece menos de uma semana após o Conselho da Global Reporting Initiative ter lançado a Declaração de Amsterdã sobre Transparência e Relatórios - na qual apela a governos de todo o mundo que incentivem a prática de relatórios de sustentabilidade. Por coincidência (ou sincronicidade), entre os treinandos da ABERJE há representantes da esfera governamental!
Conheça a seguir a íntegra da Declaração:
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Declaração de Amsterdã sobre Transparência e Relatórios


O Conselho da Global Reporting Initiative (GRI)* declara que o sistema de relatos corporativos existente falhou em seus objetivos. Ao mesmo tempo em que reconhecemos que alguns governos têm demonstrado liderança na divulgação da sustentabilidade corporativa, conclamamos todos os governos a intensificar e fortalecer o sistema global de relatórios de sustentabilidade. Em especial, as premissas referentes à adequação do relato voluntário devem ser revistas.
Nós, do Conselho da GRI, concluímos que:
  • As principais causas da atual crise econômica teriam sido amenizadas por um sistema global de transparência e prestação de contas baseado no exercício da diligência e no relato do desempenho ambiental, social e de governança (ESG)**.

  • A profunda perda de confiança nas principais instituições será mais bem resolvida por meio da adoção de uma estrutura global de relatórios que aumente a transparência e esteja fundamentada no interesse legítimo de todos os principais setores da sociedade.

  • Um sistema econômico revitalizado e sólido somente será sustentável se prestar contas da totalidade dos custos e do valor das atividades ambientais, sociais e de governança.
    Portanto, a Diretoria da GRI conclama todos os governos a assumir a liderança da seguinte forma:
    1. Introduzindo uma política que exija que as empresas relatem os fatores ESG ou expliquem publicamente porque não o fazem.
    2. Exigindo o relato ESG por parte dos órgãos públicos, especialmente empresas estatais, fundos de pensão do governo e agências de investimento público.
    3. Integrando o relatório de sustentabilidade na estrutura regulatória financeira global que está sendo desenvolvida pelos líderes do G20.
  • Além disso, advertimos que a atual crise financeira ameaça mascarar a crise de sustentabilidade deste século, a qual representa um risco ainda maior para nossas economias e sociedades.

* O Conselho da Global Reporting Initiative é composto por Mervyn King (presidente), Ignasi Carreras, Kishor A. Chaukar, John Elkington, Denise Esdon, John Evans, Sean Harrigan, Sylvie Lemmet, Ernst R. Ligteringen, Simon Longstaff, Herman Mulder, Kumi Naidoo, Peter Wong e Ricardo Young Silva.


** Também conhecido como relatório “não-financeiro”, “extrafinanceiro” ou “triple bottom line”.

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