Hoje, o lago é um salar.
(Fotos de Vahid Salemi/AP)
(Fotos de Vahid Salemi/AP)
Sessenta porcento da área do Urmia desapareceram graças a uma combinação de secas, políticas de irrigação equivocadas e a contínua construção de barragens ao longo dos rios que o alimentam.
Os primeiros sinais do desastre puderam ser notados no final dos anos 90, durante uma grande seca. Ainda assim, o governo iraniano prosseguiu na construção das 35 barragens que obstruem o fluxo dos cursos d´água que desembocam no lago.
Outras 10 estão em construção e devem começar a operar nos próximos anos. Para completar o cenário, uma rodovia foi construída através do lago sem qualquer estudo de impacto ambiental sobre a circulação das águas.
Levar água do Mar Cáspio para alimentar o Urmia exigiria a construção de um aqueoduto de 700 quilômetros!
Sobre a solução óbvia - aumentar a vazão das barragens que obstruem as fontes naturais do Urmia - nem uma palavra.
Enquanto não se encontra uma solução, o lago continua diminuindo. E as populações do seu entorno perdem seu ganha-pão.
Quem vivia de turismo vê a atividade minguar. Os condutores de barco até insistiram, carregando turistas mesmo tendo que parar a cada 10 minutos para liberar o motor. Mas hoje nem esse esquema funciona: não há possibilidade de navegação.
Já no começo deste século, pesquisadores acadêmicos alertavam para a possibilidade de que o Urmia seguisse a triste sina do Aral, que hoje ocupa um décimo de sua área original, entre o Casaquistão e o Usbequistão, graças aos projetos de irrigação patrocinados pela União Soviética desde os anos 60.
Apenas em abril deste ano o governo iraniano apresentou um plano para reverter esta situação. Ele se baseia em três pilares: pulverizar as nuvens para provocar chuvas, reduzir o consumo de água pelos sistemas de irrigação e suprir o lago com fontes remotas de água.
Levar água do Mar Cáspio para alimentar o Urmia exigiria a construção de um aqueoduto de 700 quilômetros!
Sobre a solução óbvia - aumentar a vazão das barragens que obstruem as fontes naturais do Urmia - nem uma palavra.
Enquanto não se encontra uma solução, o lago continua diminuindo. E as populações do seu entorno perdem seu ganha-pão.
Quem vivia de turismo vê a atividade minguar. Os condutores de barco até insistiram, carregando turistas mesmo tendo que parar a cada 10 minutos para liberar o motor. Mas hoje nem esse esquema funciona: não há possibilidade de navegação.
Nossa, impressionante isso!!! Agora fico aqui pensando, e a construção da barragem de São Francisco, o que pode acarretar no desenvolvimento do ecossistema?
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