ONU lança campanha de empoderamento da mulher para o Dia Mundial da População

Hoje é Dia da Pizza. Amanhã, é o Dia Mundial da População, criado pela ONU como marco para refletirmos sobre o tema. A cada ano, a data é usada para promover o lançamento de uma campanha sobre algum aspecto crítico para a questão populacional. Este ano, o foco é o investimento em mulheres e meninas - um assunto que não podemos deixar acabar em pizza. Afinal, independente do país ou do nível social, ainda somos discriminadas por gênero. Essa é a explicação para o fato de que mulheres e crianças constituem a maioria dos pobres no mundo. E isso independente da atual crise financeira – que deve piorar ainda mais a situação. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, enquanto o desemprego entre homens deve ficar entre 6,1% e 7,0%, no caso das mulheres esses percentuais sobem para 6,5% a 7,4% - sendo que, como a própria entidade ressalta, vários “empregos” destinados a mulheres não oferecem condições de segurança ou sequer remuneração. O empobrecimento da mulher leva a maiores riscos de saúde, especialmente se estão grávidas, ampliando o risco social e os posteriores custos de inclusão.

No entanto, o investimento em mulheres e crianças é um dos que oferece maior retorno para a sociedade, segundo o Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA): são elas que mais investem em educação, saúde e cuidado com crianças com a receita que recebem de seu trabalho. Além disso, têm participação extremamente relevante na economia de alguns países: elas já são mais da metade da força de trabalho da agricultura mundial, por exemplo. Na África, são responsáveis por 80% das colheitas. Na Ásia, por 90% do cultivo de arroz.

Promover políticas de controle de natalidade e assegurar o direito à educação são investimentos que geram retorno quatro vezes maiores aos países, na forma de economia nos gastos com saúde e serviços sociais. No longo prazo, o retorno pode ser oito vezes maior, segundo a UNFPA. O filme abaixo exemplifica bem esse raciocínio.




Aliás, ontem, assistindo Caminho das índias, vi uma cena na qual uma das personagens do núcleo indiano recusava-se a casar, pois queria ser independente. Espero que pelo menos na ficção ela tenha um final feliz de verdade, ou seja, ser livre para fazer o que quer. O patético happy end tradicional das novelas, que nada mais é que a reprodução de um modelo forjado nos romances de cavalaria da Idade Média, apenas contribui para reforçar papéis sociais desiguais.

Veja abaixo outros filmes da campanha da UNFPA:


Mais textos sobre direitos da mulher: veja o marcador "Direitos Humanos", do lado esquerdo deste blog.

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