No entanto, o investimento em mulheres e crianças é um dos que oferece maior retorno para a sociedade, segundo o Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA): são elas que mais investem em educação, saúde e cuidado com crianças com a receita que recebem de seu trabalho. Além disso, têm participação extremamente relevante na economia de alguns países: elas já são mais da metade da força de trabalho da agricultura mundial, por exemplo. Na África, são responsáveis por 80% das colheitas. Na Ásia, por 90% do cultivo de arroz.
Promover políticas de controle de natalidade e assegurar o direito à educação são investimentos que geram retorno quatro vezes maiores aos países, na forma de economia nos gastos com saúde e serviços sociais. No longo prazo, o retorno pode ser oito vezes maior, segundo a UNFPA. O filme abaixo exemplifica bem esse raciocínio.
Aliás, ontem, assistindo Caminho das índias, vi uma cena na qual uma das personagens do núcleo indiano recusava-se a casar, pois queria ser independente. Espero que pelo menos na ficção ela tenha um final feliz de verdade, ou seja, ser livre para fazer o que quer. O patético happy end tradicional das novelas, que nada mais é que a reprodução de um modelo forjado nos romances de cavalaria da Idade Média, apenas contribui para reforçar papéis sociais desiguais.
Veja abaixo outros filmes da campanha da UNFPA:
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