A Europa continua a ser o principal mercado para a energia solar, representando mais de 80% do mercado mundial. No velho continente, a Espanha ultrapassou a Alemanha na liderança desse segmento, com 2,6 mil MW em 2008 – um crescimento de 364% sobre o ano anterior e quase metade de todas as novas instalações feitas no ano passado. A Alemanha, em segundo lugar, acrescentou 1,5 mil MW de energia solar a sua matriz em 2008. Num distante terceiro lugar vem os Estados Unidos, com 348 MW. Por consequência, a participação da Europa no mercado mundial de energia solar é de 65%, contra 15% dos EUA e 8% do Japão.
O que fez a diferença, no caso de Espanha e Alemanha, foi o apoio do governo na forma de programas de recompra da energia solar excedente pelas distribuidoras de energia a taxas atraentes e por meio de contratos de longo prazo. Como este incentivo tem data para acabar, os investidores estão correndo para entrar no mercado enquanto o lucro é garantido. A Alemanha, que tem um mercado mais maduro, já se encontra na curva de declínio de preço em direção a uma paridade com o custo das demais fontes de energia – porém, para o investidor, a tarifa Premium assegurou o retorno
A forte demanda de mercado impulsionou as vendas de células solares: a produção mundial atingiu 6.940 MW, em comparação com 3715 MW em 2007, um aumento de 87%. Quem lidera este segmento é a indústria fotovoltaica chinesa. Se somarmos a produção de Taiwan, são 39% da produção mundial de células. Em 2007, eram apenas 7% - o que comprova o quanto os chineses estão apostando no potencial econômico das energias limpas. Enquanto isso, a tecnologia de concentração de energia solar (CSP) mediante o uso de espelhos está se expandindo em muitas regiões do mundo de grande incidência solar. A CSP tem visto considerável desenvolvimento nos Estados Unidos, com mais de 350 MW na Califórnia, instalados entre meados da década de 1980 e início da década de 1990, e também na região do Mediterrâneo..
Para este ano, prevê-se uma queda de 19%, resultante da crise econômica mundial que começou a afetar o mercado mundial de energia solar já na segunda metade de 2008. Alguns grandes players estão reduzindo sua participação ou deixando o setor, como é o caso da Shell.
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