A economia caiu. As emissões dos gases do efeito estufa, não.

Dados coletados em 60 locais ao redor do planeta pelo NOAA (National Oceanic Atmospheric Administration, dos EUA) confirmam que as emissões dos dois gases que mais contribuem para o efeito estufa não diminuíram em 2008, mesmo com o declínio da atividade econômica.

O crescimento das emissões foi de 16,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono e de 12,2 milhões de toneladas de metano (neste último caso, interrompendo um período de dez anos de estabilidade). Em outras palavras, somente no ano passado 2,1 moléculas de gás carbônico entraram (e ficaram) no ar para cada milhão de moléculas já existentes. Por conseqüência, a concentração global atingiu 386 ppm – em comparação,antes da revolução industrial, no início do século XIX, esse número era de 280 ppm.

No caso do metano, o acréscimo foi de 4,4 moléculas para cada bilhão de moléculas de ar já existentes, elevando a concentração global para 1788 partes por bilhão. Embora as emissões e a concentração de metano sejam menores, não custa lembrar que ele é 25 vezes mais potente que o CO2 na geração do efeito estufa.

A informação consta da mais recente edição do guia anual de gases causadores do efeito estufa do NOAA, que acaba de ser lançado, o qual traz explicações sobre a multiplicidade de fatores que mantêm altos os níveis destes dois gases, apesar da recessão mundial.

Ou seja, não devemos minimizar o impacto da atividade econômica sobre o efeito estufa, mas sim entender que o processo é mais complexo – e, como tal, exige ainda mais cuidado e atenção, caso queiramos que o mundo ainda esteja habitável na época de nossos netos...

Fonte: NOAA http://www.noaanews.noaa.gov/stories2009/20090421_carbon.html


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