Acabaram de acontecer eleições no Chile, mas este ano ainda reserva sufrágios em países como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Filipinas, Iraque... nóis aqui... Municipais, estaduais ou federais, os pleitos trarão à tona os temas mais quentes para cada uma dessas sociedades. E orientarão, por consequência, os políticos eleitos (ou saindo do poder) em suas futuras decisões.
Já pensou se as questões ambientais não estiverem na pauta??
Incluir o meio ambiente e, mais especificamente, a CoP16 na agenda dos candidatos é o grande desafio de comunicação para quem milita na área ambiental. Não se trata apenas do ganho em visibilidade para o assunto (e, por consequência, maior conscientização da sociedade como um todo) que a campanha proporcionará, seja pelas propagandas gratuitas em rádio e TV, seja pela cobertura jornalística. Trata-se, sobretudo, do uso da forma democrática por excelência de manifestação da opinião: o voto na urna. Precisamos de candidatos comprometidos com a questão ambiental e de eleitores que levem este tema em conta na hora de votar para passar uma mensagem clara tanto a quem está entrando, como a quem está saindo: CoP15, nunca mais!
É, mas a situação não está nada animadora. Depois de marcarem presença em Copenhagen, os candidatos simplesmente esqueceram o assunto:
* Dilma retomou o discurso desenvolvimentista e só bate na tecla do PAC;
* Serra oscila entre a) fingir que não é candidato; b) tentar ataques contra a Dilma; c) driblar que a lama da inundações de São Paulo suje sua imagem;
* a Marina sumiu, você reparou? Parece que está para sair do forno o programa dela, feito pelo Fernando Meirelles. Mas fora isso, ela está fora do ar. O PV só ficou no ar neste começo de ano por causa do imbroglio da candidatura no Rio de Janeiro.
Mesmo com todos os deslizamentos e mortes e prejuízos causados pela equação chuva + lixo + ocupação de áreas de risco, ainda há pouco debate sobre como o Estado pode ter uma melhor gestão, ou melhor, sobre como o Estado pode ter algum tipo de gestão sobre os riscos ambientais (dentre os quais figura o aquecimento global).
Bom, é aqui que cada um de nós entra: escreva para seu partido, para o candidato em quem você votou nas últimas eleições ou para quem está em destaque atualmente na mídia. Não perca tempo circulando emails pela internet: eles não geram repercussão. Vá direto para a mídia: jornais, rádios, emissoras de TV. Mostre que você se importa e que você levará a plataforma ambiental do candidato em consideração na hora de votar.
Não chegaremos a um resultado justo, ambicioso e vinculante na CoP16 se não fizermos uma boa lição de casa. O trabalho começa aqui.
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