Queima do lixo no Brasil pode gerar 300 MW de energia em cinco anos

O Brasil pode gerar 300 MW de energia com a incineração de 12.000 toneladas de lixo ao dia, de acordo com uma tal de Pöyry, multinacional da área de consultoria e engenharia especializada na área de energia. Ok, eles estão defendendo o negócio deles. Mas sabe que eu acho que os caras têm razão? Desde que comecei a ter mais informações sobre o lixo - graças, em grande parte, aos artigos do Washington Novaes - percebi que não faz sentido jogar o lixo no lixo: lixo é matéria-prima que pode reentrar na cadeia produtiva ou massa que pode gerar energia. Obviamente isso não é feito até agora por causa do custo. Mas como está ficando cada vez mais caro ter um descarte decente de lixo e como o volume que jogamos fora todos os dias já propicia uma escala favorável à redução de custos, pode ser que em breve lixo seja business as usual.

O Brasil gera atualmente 170.000 toneladas de lixo/dia, dos quais aproximadamente 70% vão para lixões não controlados e apenas 30% vão para os aterros sanitários ou controlados. Segundo a tal da Pöyry, se 10% desse total de lixo for queimado em usinas com tecnologia de ponta na área ambiental seria possível gerar energia suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes e também evitar a emissão de aproximadamente 10.000 toneladas de CO2 equivalente/dia.

Apesar dos benefícios para o meio ambiente, os avanços tecnológicos da queima do lixo são pouco conhecidos no mercado brasileiro, e a legislação ainda é tímida porque só regulamenta os aterros.

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