Para responder esta pergunta, o governo da Suécia determinou a medição e a publicação, no rótulo das embalagens de alimentos, da quantidade de dióxido de carbono emitido em sua produção. O motivo? Pequenas mudanças nos hábitos alimentares da população podem ter um impacto tão grande quanto modificações nos automóveis. Um estudo recente estima que cerca de 25% das emissões produzidas por pessoas em países industrializados podem ser rastreadas até a comida que elas consomem. Caso as novas orientações alimentares sejam seguidas, a Suécia poderá reduzir entre 20% e 50% as emissões de gases na produção de alimentos.
A dieta do clima recomenda cenouras em vez de pepinos e tomates, que, por serem cultivados em estufas aquecidas, consomem energia. Carne? Nem precisa de recomendação do governo: alguns suecos afirmam que sentem uma sensação de culpa quando consomem alimentos derivados de gado, segundo matéria da revista Época, que foi a fonte das informações para este texto. Peixes, por sua vez, não estão entre os conselhos da nova dieta, pois as reservas de pesca da Europa estão se esgotando.
Para chegar a essas medições, alguns parâmetros foram modificados. Além dos custos ambientais do transporte de alimentos e de criação de gado, foram incorporados outros fatores, como o tipo de solo usado para cultivar os alimentos, uso ou não de estufas, etc. Obviamente, os produtores suecos estão chiando, mas isso faz parte desta fase de adaptação.
A bancada ruralista bem que podia adotar esta idéia e antecipar-se às tendências. Como um dos maiores exportatores mundiais de alimentos, o Brasil só se beneficiaria se mensurasse as emissões de CO2 da agricultura e se investisse em tecnologias que reduzissem tais emissões.
E aí, Kátia Abreu? Topas o desafio?
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