Em outras palavras, se até 2017 nada mudar, o Brasil despejará na atmosfera milhões de toneladas de gás carbônico a mais do que faz hoje. Dependendo se a fonte da informação é do governo ou da oposição, esse acréscimo varia de 25 milhões de toneladas a 61 milhões de toneladas! Quando até os EUA começam a falar em créditos de carbono e redução nas emissões, o Brasil entra na contramão...
Obviamente, o Ministério das Minas e Energia tem uma "razão" (desculpa?) para isso: as supostas dificuldades na obtenção de licença ambiental por tecnologias mais limpas, como hidrelétricas. Ora, basta um olhar um pouco mais crítico sobre os projetos apresentados para perceber que a dificuldade de obtenção das licenças ambientais deve-se ao simples fato de que eles desconsideram os impactos ambientais que podem causar! Se o caro leitor for um paulistano, não precisa ir longe para comprovar essa afirmação: basta olhar o que foi proposto para o trecho sul do Rodoanel para perceber como o projeto desconsiderava totalmente o impacto ambiental que iria causar (isso depois de já termos visto o que aconteceu no entorno das pistas que já estão funcionando!).
E, mais uma vez, o motivo para isso é bastante simples: os engenheiros hoje responsáveis por grandes projetos, como hidrelétricas, rodovias, túneis etc., não foram preparados para incluir, em seus cálculos, o impacto ambiental das obras - um tema bastante recente na pauta da sociedade.
Ou seja, quando o assunto é energia, é de fundamental importância RECICLAR o conhecimento, requalificando nossos engenheiros para que possam desenvolver projetos em linha com os anseios da sociedade - e com as necessidades da economia sustentável.
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