Se eu fosse um neandertal, eu não viria para a Dinamarca

Chego cedo e saio tarde aqui do Bella Center, onde até 18 de dezembro está rolando a CoP15 - e não reclamo. Dinamarca nesta véspera de inverno está longe de ser um programa de viagem digno de matéria em publicação de turismo. Amanhece tarde, anoitece cedo. O "dia" é um pequeno intervalo de céu cinza. Já me acostumei ao frio, então já posso concordar com os "nativos": este inverno está bastante ameno! Mas isso não significa que seja interessante. Muito pelo contrário: apesar da temperatura baixa, não neva - chove! Ontem, na abertura da CoP15, a neblina era tão forte que não se enxergava nada. Aliás, todo dia de manhã temos neblina: só quando cheguei pude ver o monte de cataventos instalados no mar Báltico. E do pouco que vi, posso lhe garantir que se eu fosse um neandertal, eu não viria para cá: a paisagem é plana, sem nada que se destaque. Os arredores de Copenhagen e o sul da Suécia se parecem com qualquer subúrbio alemão. As cidades em si são bonitinhas, cheias de luzinhas e enfeites natalinos e prédios antigos. Mas nada muito diferente do que se vê mais ao sul da Europa - e com um tempo muito mais agradável. Bonitas são as pessoas daqui: todos têm olhos claros, cabelos lisos, claros... Peguei um ônibus conduzido por uma loira que, no Brasil, pararia o trânsito! Mas são todos muito sérios: nas filas, no metrô, no trem, quem está rindo normalmente é estrangeiro.

Os suecos e os dinamarqueses que me perdoem, mas não vejo a hora de voltar para o Brasil!

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