Cheguei à Dinamarca ontem e hoje passei o dia andando para cima e para baixo em Copenhagen (sim, eu me perdi, óbvio!) atrás de credenciamento na CoP15, chip para celular, reuniões de preparação... Por isso, posso lhe assegurar que “esquentando os tamborins” – aliás, esquentando qualquer coisa – é uma expressão muito bem vinda aqui: não só porque, na antevéspera da conferência sobre mudanças climáticas da ONU, a cidade está em ritmo de preparação, mas, principalmente, porque está um frio do cão aqui!!! Quer dizer, não na opinião do pessoal daqui: segundo os dinamarqueses, há anos que não havia um dezembro tão “ameno”! Bom, o “ameno” deles para mim representou dificuldade em falar, na rua, sob o vento, porque o maxilar começou a congelar...
Copenhagen é uma cidade pequena, comparada com São Paulo ou com outras capitais européias, como Londres ou Paris. E por algum motivo que eu desconheço, mesmo sabendo que iam receber milhares de turistas de outros países, eles mantêm em dinamarquês os cardápios do lado de fora dos restaurantes (um costume europeu que eu adoro: vc tem a oportunidade de checar o menu e os preços antes de entrar).
A Dinamarca não faz parte da zona do euro, por isso estou ainda penando para me adaptar à coroa dinamarquesa... e à coroa sueca! Sim, porque estou hospedada do outro lado do mar Báltico, numa cidade chamada Malmö, na Suécia. Vai-se de trem de um lado ao outro, não é preciso mostrar passaporte para cruzar a fronteira, mas a moeda muda. Sim, a cotação também muda: há tempos que eu não usava tanto a tabuada! Estou craque em conversões – mas sem muita noção do que é caro e do que é barato porque para nós, brasileiros, tudo é caro aqui. Então, o máximo que consigo distinguir é o que é muito caro e o que é um pouco menos caro.
Ao contrário de outros países europeus, onde se vê mais cachorros do que bebês, vi poucos cães e muitos carrinhos de bebê – e um percentual bastante alto de gêmeos! Não sei dizer se o motivo é genético ou conseqüência de inseminação artificial. Todos carrinhos naturalmente têm algum tipo de proteção contra o vento, formando uma pequena cabana ambulante. Chama também a atenção a quantidade de pessoas que usa a bicicleta como meio de transporte. Há vários estacionamentos exclusivos para bicicletas em todos os lugares. Como a cidade é plana e todas as ruas têm ciclovias, é bastante conveniente e seguro optar por essa forma de transporte. E para alguém que vem de São Paulo, é um grande alívio não ter encontrado até agora nenhuma bicicleta!!
Na parte da tarde, participei de apresentações sobre mudanças climáticas na Universidade de Copenhagen patrocinadas pela Climate Action Network, rede com mais de 400 ONGs ambientais afiliadas em todo o mundo (incluindo o Vitae Civilis, pelo qual estou aqui). Por fora, um prédio antigo, de tijolinho aparente. Por dentro, instalações modernas, excelente acústica... mas nenhuma rede wireless disponível :-(
Já encontrei restaurantes italianos, gregos, japoneses, tailandeses, franceses... os onipresentes McDonald´s, Burger King, Pizza Hut, Domino´s, Subway, 7-11... Mas nenhuma plaquinha de “comida típica dinamarquesa”. Encontrei, em Malmö, um restaurante de comida sueca que servia... bife de rena!! Na véspera do Natal!!! Como podem deixar Papai Noel sem suas renas?????
Não, não tenho imagens do que descrevi aí em cima: estava muito frio para tirar as luvas e operar a máquina fotográfica. Vamos ver se tiro a diferença nos próximos dias, quando eu já estiver mais acostumada com a temperatura.
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